Do ponto de vista histórico e geográfico, a produção do biscoito de orelha circunscreve-se à ilha de Santa Maria, constituindo um produto de referência da gastronomia mariense.
Este biscoito era presença habitual nos lares marienses, nas ocasiões festivas, como por exemplo na matança do porco, casamentos, festividades do Espírito Santo e pelo Natal, ocasião pela qual era tradição os padrinhos oferecerem aos afilhados um biscoito de orelha, de formato genuíno, mas com a particularidade de apresentar uma dimensão muito maior do que a habitual.
A moldagem do Biscoito de Orelha de Santa Maria é exclusivamente manual e que requer grande destreza, particularmente no enrolar da massa sobre os dedos da mão esquerda e no corte das orelhas, para lhe conferir o formato triangular, original e característico, que só as exímias doceiras de Santa Maria conseguem fazer.