A indústria cerâmica da Lagoa, que se afirma ao longo do século XIX e da qual não se podem excluir ligações à indústria cerâmica do Norte de Portugal, deu início à produção de faiança nos Açores com o fabrico em série de peças pintadas com flores e outros motivos vegetalistas, esmaltadas de branco e apresentadas na forma de serviços de chá, de café, terrinas, pratos e diversos objetos decorativos.
Contribuiu, ainda, significativamente para a produção da identidade açoriana a partir da representação dos costumes locais na escultura moldada, como é o caso do “Casal Micaelense”, composto pelo camponês de carapuça e a mulher de capote-e-capelo, figuras emblemáticas do povo micaelense.