CoMtradição | Prémio de Artesanato dos Açores

O Prémio CoMTradição surge como forma de distinguir, divulgar e promover a atuação exemplar de entidades ou artesãos, que se diferenciam pela dedicação ao trabalho na área do artesanato, elevando, desta forma, as expressões da cultura regional, com o objetivo de consagrar artesãos ou entidades, com carreira consolidada e historicamente relevante, cujo trabalho contribuiu e continua a contribuir para afirmar a identidade das Artes e Ofícios dos Açores.




1ª Edição do Prémio CoMTradição

Alzira e Conceição Neves receberam a 12 de dezembro de 2014 o Prémio CoMTradição, atribuído pela Vice-Presidência do Governo, através do Centro Regional de Apoio ao Artesanato. O Prémio distinguiu-as pelas ações e trabalhos expressivos que têm protagonizado na área do artesanato, com enfase na estratégia de preservação e ampliação da identidade cultural dos Açores.


Alzira e Conceição Neves nasceram a 26 de maio de 1939, em Santo Amaro, Concelho de São Roque, na Ilha do Pico. São irmãs gémeas muito semelhantes nos traços físicos e na ligação que nutrem uma pela outra. São gémeas de alma e de coração, de determinação e de empenho, de alegria e de vivacidade, de criatividade e de talento. Herdaram do pai o cumprimento do dever e de bem servir e da mãe a delicadeza no trato e o gosto pelas Artes e Ofícios.


Com as mãos habilidosas que se treinaram em meninas, os conhecimentos que foram apurando com o tempo e uma grande capacidade empreendedora, fundaram a 10 de setembro de 1986, a Escola Regional de Artesanato de Santo Amaro, oficina e museu da vida rural, primeira do género nos Açores.


A Escola tem organizado ações de formação em diversas áreas, contribuindo para a valorização e promoção do artesanato, para a formação de novos artesãos e para a melhoria socioeconómica dos formandos. Nela, criam-se peças singulares, cuja estética denuncia uma mestria prodigiosa.


Alzira e Conceição Neves têm contribuído com um importante legado para o artesanato açoriano, oferecendo às atuais e vindouras gerações um conjunto de informações valiosas sobre as técnicas do trabalho em palhinha de trigo, escama de peixe, miolo de figueira, papiro e hortência, rendas e bordados.


A grande diversidade de artigos que aqui estão expostos representa um contexto cultural que abrange a história do Pico, e por isso, esta exposição é também uma mostra de palpáveis memórias. Olhando em redor, é inevitável não ver ou não sentir o peso da sabedoria e da experiência espelhadas no trabalho manual exposto. São objetos que falam das pessoas que os conceberam, mas também do ambiente onde nasceram e trabalham.


2ª Edição

1ª Edição